22 de junho de 2010

Sinto cheiro de rosas mortas, murchas em algum jardim. Vou caçá-las, guardá-las, escondê-las para numa noite fria de inverno as trocá-la pela água corrente dum rio voraz. Que as levará para um mar secreto... Molharei a ponta dos dedos, pedirei a lua que me guie a luz de sua aurora, até o mesmo jardim a qual as tirei... Plantarei jasmins, carmesins num profundo azul brilhante, o vermelho rosado das rosas. Púrpura cor de prata, sobre as ramagens frias de ondas mansas num ribeirão de vida pura. Vagava o vento com o cheiro de terra molhada, chovia do outro lado. Lá longe onde os pinhais cobriam a terra escura por corredores que vibravam os arbustos. No ar da noite, que clamava pelo amanhã, longas horas a se passar vagamente com o tempo. Veludosas nuvens, até o amanhecer trazer a chuva fraca para regar as vivas rosas daquele jardim de nova volúpia, Virmilia manhã com sussurros d'água.

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