Que não se toca, mas se sente
Quem dizes ser mesmo dor?
Senão um prazer que se adora
Todas as lágrimas que correm,
Escorrem o rosto da menininha
Se eu sentisse tanta dor
Como vínculo de tortura
Sentiria prazer só em desejá-la
Dor, que não deixa o nada
Toma o espaço do vazio
Faz-me vivo, ver os sentidos
Que são despertos de dentro
Se satélites localizassem dores
Os médicos saberiam onde estarem
Se não fosse essa dor
Não haveria isso sido escrito
E antes mesmo de toda
Sã estabilidade, necessite
O que faz vivo todo ser.
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