24 de junho de 2011

"Abertura da vida."

Como se ainda do lado de dentro alguma coisa acontecesse. E todo silêncio lá fora respondia as ideias do existir, como se não houvesse um segundo verdadeiramente real. O vento não palpitava o tempo, mas a noite caía profundamente sobre as horas. Pouco barulho nas estrelas distantes e toda sutileza dogmática. Uma austera-grave havia acontecido, e isso havia sido logo no começo daquele dia... O relógio tiquetaqueava mesmo assim em um outro quarto qualquer, que tinha a luz acesa. deveria acreditar na mudança, até o tempo muda, e lá do lado de fora novamente algo mudara. Levando as malas disfarçadas, escondia teus segredos a contar, meia idade ainda a sonhar. Mesmo que sem a lua no céu, o griz da calçada separava vastos mundos, escondidos sobre os muros, todos mudos. Ainda que noite havia pássaros a cantar. O sonho lindo de criança que adormecia na ciranda, em cama arrumada ao que acalenta.
Dormes criança! Amanhã podes acordar e ver de novo o sol nascer. Dormes criança... Que a vida mesmo que fora, passa.
Sonha menino! Que de sonho faz-se uma vida. Sonha tu também ó grande homem! Pois amanhã pode ter-se um novo riso.
Acredite mulher! Que quando sonhas, o sono te vem.
Acredite menina! Enquanto sonhas, Deus te guarda...
Diversas portas se abriam, alguém entrava e outros saiam.Um vai e vem de carros nos espaços. Ruas vazias além-do-além. Se o mundo não te faz revolução, venere os olhos aos horizontes. Ser isso sem resistir.
Sonhas criança... Que a vida só te quer bem.

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