3 de junho de 2011

"As cores de olhos fechados."

(Literatura)

De olhos fechados tudo pareceria escuro

Também viajaria no tempo sem espaço
A roda do tempo passaria ao ar fresco
Sonharia infinitamente sem se preocupar
Um momento a vida voltaria a funcionar
No compasso das horas a passar
Um segredo contemplado no escuro dos olhos
O que havia adentro inspirado do de fora
Ouvidos a vista de tudo que existe
Paredes pintadas com lápis a dedos
Tudo num espaço só, como todos os barulhos
Um olhar desviado, descompasso da estrada
A tênue vontade de deitar-se ao gramado
Colapso da vida como quem se identifica
Não é simples o fácil, pois difícil é fazer
Pensamento que corrompe o movimento
Mover-se seria fácil se fosse isso o pensamento
De olhos fechados.
De olhos fechados..
De olhos fechados...
Destrui-se o ego, renova vontades
Disperso do tempo da realidade
A herança da alma de olhos abertos
Que traz mas as vidas movendo avenidas
Uns bancos vazis e outros regurgitados as notas
Uma bola que rola... Uma criança que brinca
Isso é tudo, os espaços não me são nada
Espreitam os olhos atentos a passos lentos no degrau
Menina bonita de saia rodada
Que nada para na avenida, Alda que sobe
Livros vendidos, considerado obras eternas
Eternizo-me em ver.
Em ver...
Até poder sentir...
Onde meus pés não pisam, e cadê os teus?
Que tudo vejo ao menos eles
De olhos abertos...
A procurar-te vida sem fim.

(Projeto escrita total; Texto em poesia, museu da língua portuguesa.)

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