14 de julho de 2011

"Outeiro."

A benignidade do observar
Levando além este medo
Que existia sem ser-real
Uma voz clamava no deserto
Abria o caminho p'ros cegos
As ásparezas aplainando-se

Um anunciador do grande mundo
Manifestando a mais doce verdade
Nascendo flores no campo deserto
Secavam as ervas, caindo as flores

A eternidade subsistia a alma
Eis aqui a grande vereda
Em que que o homem ainda não tocou
Mas ouviu falar sem eles dizer
O deserto mansamente a florescer

A cada palmo mediu o céu
E toda gota do mar fruiu
Desviado do caminho da ciência
Que não lhes ensinou a sabedoria
Moradores cujo perdidos nas,
cidades fantasmas

E como um tufão de pragana
Desenrolava as grandes tendas
Para que nelas habitassem necessitados
Voltando a nada os reis

Levantei seus olhos como brisa
De um vento hálito fresco
Que era preciso a isso mesmo
Que tu pensas sem eu ver
E no silêncio me contive
Ainda que o homem quisesse gritar

Sem olhar para o mais alto
Dos montes que lhe erão distantes
Eis que sua vergonha foi passada
Para que esta fosse uma glória

O que aprendeste com os homens?
Deveria por fim se deixar
Glosando os montes a consentir
Outorgando as riquezas aos pobres

Tornando-se maior que todo globo
Um vale de fibra mística
Em que a alma é tudo
O que se fala...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Preciosidade

 "Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...