6 de dezembro de 2011

"Mudanças do tempo, da hora noturna"

Uma imagem refletida nos olhos
Como se uma memória deixada no quarto
Que trancado escondera os medos
De não poder existir no amanhã

As fotos manchadas por meras lágrimas
Que com o tempo, cristalizadas estavam
Sobre uma escrivaninha, já esquecida e velha
Guardando cartas rasuradas no escuro

No silêncio das noites frias e cinzentas
Que nem mesmo as sombras se desvendavam
E o meu corpo sussurrava teu nome,
desejando teu corpo a me acalentar

E todo sonho, tornou-se uma realidade
Inatingível ao impossível, que estava realizado
E o meu teto se fez uma pintura íntima,
desenhando constelações de estrelas marítimas

Uma janela entreaberta pelas cortinas,
e o vento invadia o quarto silenciado pelas paredes
Solstício de inverno, e eis o melhor de mim
Aqui sobre este olhar tênue a janela afora,

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