29 de fevereiro de 2012

"Espreitas.

Como me espreitas a luz desta lua,
Como se mar e ventos me fossem vida
O que assombra estes campos?
Uma Estígie as suas margens, que correm
Como se reflete um Eu-desconhecido
Moldando cada noite, sem ter chegado ainda
Como um lugar perdido a um longo rio
Invísiveis visões, que nem mesmo foram sonhadas
Cada noite, cada noite, como um encanto
E a luz que ainda espreitas em minha mente,
Como um horizonte além do que vejo
Adentro de um Apogeu, aonde esconde-se os céus
O silêncio do campo, o murmúrio dos pássaros
E meus passos, todos perdidos
Como num sonho profundo, onde desperta,
onde despertas minhas realidades,
De sonhos que eu nunca sonhei,
De buscas que eu nunca tentei
O que espreitas em mim, que não vejo?
Agora dançando a margem do universo
Vejo este mundo de Apogeu
Como se sombras a dançarem no céu
Sem um sol, a aquecer a lua
Que se fosse minha, ninguém a tocaria.

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