24 de agosto de 2014

" Poema do seu impar,

Porque gritar com os pensamentos?
Se assim tudo se esvai, como este dia
Porque eu não me importo com isso
Com isso que o dia trás, alheio

Um fantasma sobre o vento,
Que logo passa e deixa um rastro
Silencioso sobre o vão desta janela
Ainda fechada, pronta a se abrir

E isso tem de vir como antes partiu,
mas você! Você não, você se partiu
Sobre mil pedaços, fragmentos
Que se quer desejam mais meus sentidos

Me desprendo, me desfaço, apenas um dia
Que se vai passando vagamente,
me trás um novo sentido, um amor
Um sorriso, um segundo que tudo transforma

Na te impede de ser, nada te impede de ir
Não é que fugir seja meu plano!
Mas abandonar uma pequena bagagem
Que quis sem antes saber que me faria isso

Náusea, mas ainda navego, agora sem ti
Em meus pensamentos, que se fazem levez
Sem teus gritos e tua rispedez, antes nudez
De uma consicência que não quer ir além

Destes muros que vemos sobre estes escombros
Quem dera eu pudesse mudar o que vai acontecer!
Eu antes regaria teus campos, veria tuas novas flores
Nascerem ainda que tarde da noite...

A tarde logo chega aqui, e faz sol lá fora
Eu estendo os braços e apenas deixo a canção
entoar aquilo que chama-se, vazão de chegada
De um tempo que viverei só, sem teus impares."

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