23 de novembro de 2016

“È raso como as águas de um rio
Sobre tua superfície, que escorre
Por entre os nichos de ondas que se desfazem
Sobre tuas eiras arenosas, que findam
...
Faz-me relembrar um estado
Do que deixei, por não acreditar
Mas veja só, estas entradas
Escuras, frias, que se distanciam
 
Não pertencem a nada e nem há ninguém
Estão aqui, diante de mim, para mim
Escorre a gruta teus orvalhos e só ouço o tilintar
Nada, além disso, como um relógio a badalar
 
Mudando as horas, mas não o mundo,
Sobressaltam as folhas e surge a meio fio,
As cortinas da vida, como um enredo escrito
Pelo nosso olhar, trazido do pensamento
 
E vem chegando nova estação,
Como um trem sobre os trilhos, vagamos
Para onde bem queremos, quando não há
Nada e ninguém, que nos invente
 
Somos estória, e movemos o mundo
Não para nos movermos, como se falam
Somos meretrizes, e as cores,
Que há tudo dá um nome.”
 

Preciosidade

 "Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...