16 de agosto de 2017

Ad mortem

Ad mortem,

A vigília noturna de sombras e pesadelos
De portas que deparam minha alma
E finda meu corpo a primeira passagem
E rompe o cordão da realidade...

De olhos fechados, o corpo imóvel
E a sensação suspira em meio a fria noite
As horas declinam e o corpo se aquece
Busca te encontrar, nos escombros

Por detrás dos muros altos
Que as mãos não alcançam,
Mas alma súbita e fantasmagórica salta
E faz-me alcançar longínquo horizonte

Do qual meu ser transforma em nada ser
Uivando os ventos, a súplica do tiquetaquear do relógio a parede fria
Batendo a janela, a vazão da existência, vida, flores e fim

Começando uma nova história,
E passa por mim, a realidade
Por detrás de todas as coisas
Que sonho em realizar, sem tocar

Porque nada vejo sem antes perceber
Que os olhos quando se fecham
Torna-me defunto de sonhos mortais
Pois sou um baú, velho e antigo
Chamado de sonho sem sono, e morto para que viva!

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