Dói quando quero e não posso
Machuca quando posso, e não faço
Sou indefinido e porque sinto?
Tudo quanto me vem e passa...
Ora, meu coração não pensa
Ele desejaria parar e parar, silenciosamente...
Se vai o inverno, e primavera tão bela
Cai pelos campos que poucos percebem
Quem dera eu fosse o tempo
Para tudo parar, e refazer
Desfazer e criar sem as mãos que cansam
Quero hoje me dar ao mar sem medo
Navegar mares esquecendo as emoções
Relatar meu vazio, silenciar o barulho
Que em torno, faz estremecer o chão que piso
Mas não sinto os pés, e vago ao vento
Sonda a vida a morte
E parte a morte, para dar vida
Como tal gloriosa e florida primavera
Que minha, calma e cintilante
Faz-me ser a sombra do que penso, e passa
Nada há senão a ilusão do que se cria
E de não haver, faz a impressão findar
Rumores e sensações, parte o sol
Se vai a tarde/
E cai noite de estrelas
Sou riacho da tua nascente
E estrada que de versos perdidos,
Faz nascer a poesia/
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