7 de outubro de 2017

A tarde fria e inóspita surgiu num deslumbre de lucidez, fazia-me nascer. Tranquilo enquanto eu podia ir tomando posse de mim. Toda influência alheia dos outros e de todas as coisas, haviam partido de mim. Eu ao sentir que podia ter o domínio sobre os desejos, me senti superior ao palhaço que faz sorrir, mas que por diversas vezes, é triste e sua expressão não passa de um silêncio que se veste de máscara a disfarçar. Os outros era tanto a impressão do que eu pensava antes, que reentrei de vez dentro de mim. A vida, havia a princípio me dado uma missão, que era de partir e não pertencer a nada. E depois voltar a esta viagem de encontro a mim. Eu sempre fui uma flutuação, e mesmo que houvesse ar e vento, a minha própria inteligência não me permitia os pés no chão. Porque a vida, manifestava a regurgitação e repugnância. Meu espírito racionalista, não era nada liberal e nem nacionalista.

Eram muitos, e não eram nada!

Eu sem perceber dirigia as aparências de todos os acasos, transformando. fazendo de toda e cada fatalidade, notícia para não ouvir. E eu me libertava de todas as  minhas próprias sensações. Eu ao estudar, notei que naquilo havia uma voz amiga, contrária das malícias e predições. Eu era uma página simples, uma obra inacabada no dia do meu nascimento. Sucedeu que nessa ocasião a parte, nada veio a repetir, e a transição frequente daquela flutuação, representava a minha primeira tentativa antiga em libertar-se de mim mesmo. Eu me tornei uma linguagem comum, compreendendo minha própria sensibilidade. E hoje eu sei quem eu sou, e todos os sonhos que me restam, são trechos do meu destino.

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