O peito como exposição do que dentro de mim bate
Fazendo os sentidos despertarem, e me percebo ser o vento
Que agora parte das ilhas buscando um novo ribeiro
Venta e levo ás folhas fazendo pensar
Se vai chover ou não/
Deste modo ou de outro, sou onisciente
De passos tão meus a ir contra outro vento
Cortante a face que a beira da calçada acha o caminho
Transformando até poder dizer, a onisciência das coisas
Que estão do outro lado, longe de meus olhos
Não da minha alma que agora é o trovejar da chuva
Que inteiramente me lava, e sou orvalho das flores
A limpar o chão que outrora vou caminhar, sem lembranças
Meus pensamentos são gotas cristalinas
Meu coração a mera folha que desliza a estrada
Minha alma á pena que escreve a história
Onde a vida, pelas manhãs e tardes e noites
São meu tinteiro/
Sou o incolor da chuva que cai corriqueira
Fazendo os grãos alegres e as sementes sorrirem
E me torno cada coisa em que pinto
Sem te tocar, pois a nada mais pertence eu existir!
Sou inteiro e real
E não oscilo como todo vento que cessa.
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