7 de janeiro de 2018

Tampouco me importaria as razões
Que tangem meros anseios e preocupações
As mesmas mãos que semeiam, colhem
Estou certo de que se há chuva
Há de haver uma colheita onde também há sol
Mas do mesmo lado onde se esconde a chuva entre nuvens
Tão maravilhosa essa existência
Que não se pode medir, nem pesar
Chego e sento e nunca saberei o preço
Que minha alma pagaria por essa calmaria
Porém, aqui está o seu digníssimo valor
Esperar na paciência que gera esperança
E faz da razão motivo. de riso
Tornando o amanhã uma mera vaidade
Que neste presente, não atemoriza
Prostro-me a vida e toda sua formosura
Quão beleza imensurável que desejamos viver
Tenho em mim todos os sonhos do mundo
Por isso, viver não precisa ter um sentido
Porque por amor, a vida nos deixa colher
E a própria vida é a colheita
Porque a chuva nos molha, rega
O calor nos aquece, abraça e somos fortes
Somente o limiar do pensar que nos faz sentir e passa
Mas são nos nossos passos, que alcançamos o arco-íris
É na força do crescimento invisível que criamos o anseio
De querer realizar, sem que seja para nós, mas para todos
Mas para nós que amamos também dividir
Semear um sorriso, colhendo um abraço
Vestir um corpo e aquecer uma alma, não tem preço
E o valor só pode receber quem dá sem nada esperar
Porque o gesto nos ensina, não emociona
Porque a razão não pode criar guerra
Mas gerar o silêncio...
E no escorrer das nossas lágrimas, regamos o coração, terra estranha
E sorrindo nasce impetuoso sol
E então, floresce...
E com as nossas mãos, colhemos depois de tanta luta.

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