3 de fevereiro de 2018

Bate o vento na minha janela
E a âncora da alma, paira aqui
Onde estou a sonhar, pleno a sentir
A liberdade de nada ser
A sombra das luzes vagam o corredor
Me aquecem os braços distantes
Dela que torna o momento formoso
Pelas infinitas estrelas que deslizam as nuvens
Como também faz do céu
O mais pleno reflexo do mar...
Sentia saudade desse frio
Que paira na alma e se ancora neste cais
Aurora que me alcança e silencia medos e temores
Descarrilado movimento do mundo em chamas
Que faz-me se aquecer neste quarto
De versos sem sentido,desenho a Vida
E transformo o vento em sensação
Trazendo de dentro do peito a invenção
Invenção de que sobreviver as mudanças extremas do tempo
É uma graça, como a mãe que dá a luz
Eu dependo das margens porque sou rio
E ela depende da profundidade, porque é mar
E quanto mais frio e distante dos sentidos reais
Mais distante as coisas que existem, podem nos alcançar...

Eu começo a sonhar
E o vento real bate á minha janela...
Logo a garoa vem
E dormir é viver para amanhã despertar novamente a sonhar

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