Nada nunca termina...
Nada nunca acaba!
Tudo é um começo.
Sentado a beira da estrada como um velho de chapéu a descansar enquanto o tempo passa. Tolice a minha esperar somente esse vento litorâneo passar. Esse meu relacionamento com as coisas que me distraem, uma hora que joga ao chão, faz-me levantar sempre mais forte pela queda. Outrora eu, que nada era, hoje feito a estação nada me tem senão essa coisa chamada alma que navega infinitos confins. Que admito,são quase surreais, mas são as telas que pintam esse horizonte dessa estrada chamada vida. Sento-me ali também como se fosse uma criança perdida, a encontrar coisas, como brinquedos e peças de um velho quebra cabeça. Chego a chorar por não ter a outra metade de cada coisa que se foi. Mas aqui tudo começa, nada é o fim, porque a vida é o póstumo ensaio para eternizar, não somente as coisas, mas a nós diante de cada gesto. O mundo para aquele velho ou para aquela criança, será sempre o mesmo labirinto, a levar para ruas com nomes e travessas para longas avenidas. Bem, a verdade... A verdade é que nada disso é uma novidade! Senão aquilo que sonhamos a beira da estrada. É o que nos faz seguir e percorrer esse sentido de que tudo é nada.
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